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(...)[a] opinião de Aristóteles sobre a mulher (...) não era tão animadora como a de Platão. Aristóteles pensava que algo faltava à mulher. Ela é um «homem incompleto». Na reprodução, a mulher é passiva e receptora, enquanto o homem é activo e dador. Por isso, segundo Aristóteles, a criança herdava apenas as características do homem. A mulher é como o terreno que recebe e conserva a semente, enquanto o homem é o próprio «semeador». Ou, dito de uma forma verdadeiramente aristotélica: o homem dá a «forma», a mulher dá a «matéria». É surpreendente e lamentável que um homem tão perspicaz como Aristóteles se pudesse enganar de tal forma no que diz respeito à relação entre sexos. No entanto, revela duas coisas: em primeiro lugar, Aristóteles não tinha muita experiência prática da vida das mulheres e das crianças; em segundo lugar mostra como nos podemos enganar quando os homens detêm o poder absoluto na filosofia e na ciência.
A concepção aristotélica da mulher é particularmente grave porque se tornou predominante durante a Idade Média, e não a de Platão. Deste modo, também a Igreja herdou uma concepção da mulher para a qual não há justificação nenhuma na Bíblia. Jesus não era de modo algum inimigo das mulheres!"
Jostein Gaarder, em "O Mundo de Sofia"
Imagem: google.com, pesquisa em Marie Currie
Curioso não? Já agora...sabiam que o único cientista detentor de dois prémios Nobel é uma mulher (um em parceria certo é)?...Marie Currie
1 comentário:
Está mais que visto que o Sr. Aristóteles tinha medo das 'Sras. Mulheres', pelo menos é o que se depreende.
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